A picanha do negócio

Postado em 03/12/2025 por
A picanha do negócio

Conta a história que nos anos 50 um açougueiro húngaro chamado Lazlo Wessel que trabalhava no bairro paulistano do Bixiga identificou e separou da alcatra a nossa famosa picanha, encontrando ali entre todo o músculo uma pequena porção muito mais macia que o restante. De lá para cá a picanha ganhou fama e o mundo, não tem um gringo que não venha ao Brasil e queira prová-la. É uma identidade tão forte da cultura brasileira como a costela no sul do país. Chegando até ao mundo das promessas e anedotas políticas!  

Mas o que tem haver a picanha com os nossos negócios?  

Em uma conversa de boteco (sempre as melhores) com um colega empreendedor que atua em diversos ramos, ele contou sobre o caso de uma das suas empresas. Uma singela ótica que o carro chefe são óculos de baixo custo.  

Para vender criou duas principais modalidades de pagamento: cartão de crédito (o que ele antecipava pagando uma boa taxa de juros) e para os clientes que não dispunham, a opção era uma financeira que fazia o processo, mas não permitia que ele antecipasse o recebimento. 

Em um dado mês a gerente entrou em contato falando que estava faltando caixa para honrar os compromissos, causando um susto pois a empresa sempre foi sustentável. A explicação seria que passaram alguns meses com vendas fracas, o que fez com que a gerente acabasse utilizando muito mais a financeira do que o cartão de crédito para fechar as vendas com os clientes que não tinham cartão ou estariam sem limite para compra. De modo que isso gerou um problema no fluxo de caixa. 

Foi então que de tanto pensar na madrugada, surgiu a ideia: Vou ser a financeira!   

Foi necessário aportar caixa na empresa para sustentar o giro inicial, foi necessário também lidar mais com a inadimplência, mas a empresa passou a ao invés de pagar juros para antecipar o crédito ou aguardar o pagamento das parcelas da financeira, receber os juros das vendas que fazia. Isso não só aumentou a margem de lucro (a antecipação das vendas no crédito já era precificada na margem), como também deu a possibilidade de trabalhar com preços mais competitivos e em dois anos dobrar o faturamento da empresa. 

E a picanha?

Essa foi a conclusão que ele chegou:  

O boi sempre teve a picanha, desde que boi é boi. Mas foi necessário que Lazlo Wessel identificasse aquele pequeno pedaço especial e gerasse valor. 

Assim são nossos negócios, todo negócio tem uma picanha esperando, basta que consigamos encontrá-la. Nem sempre é preciso repensar um negócio como um todo, mas sim encontrar pontos que podem ser explorados pode ser o caminho do sucesso!  

 De Gestor para Gestor:  

O Service da Inside pode auxiliar nessa busca por novas receitas. Você pode controlar serviços adicionais vendidos a clientes e até mesmo seguros residenciais de forma integrada. No rastreamento veicular o sistema pode controlar pacotes de serviços que podem ser oferecidos para o veículo. Oferecer mais e novos serviços para a própria carteira de clientes é a forma mais rápida e barata de fazer o negócio crescer, o cliente já é seu! 

 Colaborou:  Cleverson Cologni,  Diretor de Desenvolvimento na Inside Sistemas 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *