Por Edson Scattolin, Elisandro Panisson e Elisana Bellocchio, durante Gestor Inside Online

O segundo conteúdo do evento promovido pela Inside Sistemas e transmitido ao vivo pelo Youtube foi sobre o perfil que o mercado irá exigir do vendedor. A boa conversa aconteceu com quem entende do assunto, na prática e na teoria: Edson Scattolin, Elisandro Panisson e Elisana Bellocchio.

Confira os principais destaque deste bate-papo:

Mindset positivo, criativo e técnico

– A criatividade acontece em um momento de felicidade. E nesse momento que estamos vivendo, a criatividade é fundamental!

– Inteligência emocional em vendas é essencial. Temos traumas de infância e toda pessoa tem dificuldades de trabalhar com perfis diferentes do seu. Por isso, a Inteligência emocional tem que estar ligada o tempo todo. As vezes o cliente te fala algo que pode te bloquear. É preciso ter essa resistência emocional para não perder o foco. Conheça os perfis comportamentais DISC para conhecer os tipos de clientes e crie empatia, confiança, credibilidade para mostrar ao seu cliente que você quer o melhor para ele.

-Outra técnica, cientificamente comprovada, é a Spin Selling é uma técnica fantástica, para trabalhar através de perguntas, a mente ao seu favor. Muitos vendedores oferecem a solução quando o cliente está com a cabeça no problema. É uma estratégia rica para vendas complexas.

Sem lamentação, é hora de ação

– No momento de retomada, não vamos poder trabalhar com profissionais que não dão retorno ao cliente, que não são organizados, não conhecem o produto, que não estão com a inteligência emocional em dia. Nossa profissão irá sofrer um marco muito grande, porque o mercado irá mudar muito.

– O que define um bom vendedor é a prospecção: vamos ter que ir par a rua, tirar o bum-bum da cadeira, prospectar na rua porque o que eu vejo no segmento é que a empresa tem alguns anos no mercado e o telefone só toca de fora para dentro. Agora é hora de gerar segurança para o cliente.

– Vendedor, alinhe-se com o seu propósito de vida, vá prospectar porque tem muita gente esperando por você!

– Vendas é o coração da empresa, que bomba sangue para todas as áreas. Treinem suas equipes de vendas. Capacite, instigue, porque é uma das melhores profissões do mundo, mas é também complexa.

Não misture retenção com captação

– Importante ter na empresa uma área para retenção de clientes e ter em mãos informações para aqueles que pedem redução. Você não pode negociar com um cliente com a intenção de retê-lo sem saber se essa conta é rentável ou não.

– Mais que ter uma carteira grande, tem que ver se na última linha o número é azul e não vermelho. Se for necessário, demita o cliente se ele não é saudável para você – mas para isso é preciso ter informações em mãos.

– Perfis de vendedores: o pitbull, que busca novos clientes; o que retém cliente, que fica na defesa. Não se deve misturar as funções. É preciso dividir bem uma área de prospecção e uma de retenção de negócios.

– Indicação de livro: “Comece pelo porquê”, de Simon Sineck.

– A pessoa que é atraída pelo propósito da empresa torna-se um cliente fiel e não está aberta a receber outras propostas. Por isso, não oferte somente promoção – mostre para seu cliente que existe uma conexão muito forte entre vocês, que são as crenças, os valores. O cliente que vem pelo preço, vai pelo preço.

– Vendedor de alto desempenho não é o que vende mais: ele tem volume de vendas, rentabilidade, mix de produtos. Estude, leia, ouça áudio-books, saia da sua zona de conforto em busca de conhecimento.

O nível de exigência do mercado irá subir significativamente na retomada da economia. E nesse momento, não vamos poder trabalhar com profissionais de vendas que não dão retorno ao cliente, que não são organizados, que não conhecem o produto, que não estão com a inteligência emocional em dia. Esse será, com certeza, um marco muito grande na área de vendas.

Gestor Inside Online

Assista a palestra completa

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Sobre o convidado especial
Edson Scattolin
Formado em administração de empresas e comércio exterior. Especialista com mais de 30 anos de experiência em vendas e negociações. Consultor comercial de empresas de diversos segmentos. Faz treinamentos e consultoria para empresas do segmento de segurança eletrônica.

Muitas empresas de segurança se orgulham da história que construíram. São anos de trabalho que formaram sua reputação no meio em que estão inseridas. Um trajeto que exigiu adaptações, mudanças e, por que não, um novo jeito de fazer gestão.

Uma das áreas mais impactadas nesta evolução foi o financeiro. Mas ele, que é o início e o fim de qualquer atividade da empresa, nem sempre foi impactado positivamente nesse processo.

Como na história de duas colaboradoras de uma empresa de segurança que viravam a noite – junto de duas pizzas, duas máquinas de escrever e uma caixa de formulário contínuo – para datilografar cerca de 700 notas fiscais de cobrança mensal dos clientes. E depois disso, ainda era necessário refazer parte do processo no sistema do banco para gerar boletos. Imagine a quantidade de erros que esse processo estava suscetível!

Ok, essa época passou, as notas são agora eletrônicas, mas ainda existem empresas que geram as notas no site da prefeitura, uma a uma.

E se a empresa crescer, quantos colaboradores serão necessários para executar uma operação tão simples?

O fato é que, para muitas empresas, o financeiro ainda é visto como um departamento operacional, focado em ações burocráticas e rotineiras e não como um importante aliado estratégico, fonte de dados relevantes que podem validar ou não decisões do negócio.

De que lado seu financeiro está?

OPERACIONAL

  • Inclui os clientes no sistema de monitoramento;
  • Faz orçamentos em planilhas;
  • Envia remessas e processamento dos retornos;
  • Envia segunda via de boletos e notas fiscais;
  • Permite a saída de produtos do almoxarifado sem a devida cobrança;
  • Cobra, suspende e cancela clientes inadimplentes com a sua devida suspensão no serviço de monitoramento.

ESTRATÉGICO

  • Sabe a margem de lucro do negócio;
  • Identifica o custo de aquisição dos clientes;
  • Monta a precificação do serviço;
  • Entende o churn (cancelamentos de contratos pelos clientes);
  • Contribui com ideias de novos serviços e produtos ou melhoria nos existentes;
  • Apresenta o fluxo de caixa;
  • Faz o planejamento orçamentário da empresa;
  • Indica o que é preciso fazer para reduzir custos.

6 PASSOS PARA O FIM DA INADIMPLÊNCIA

CONTEÚDO ESPECIAL

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Os enroscos do Financeiro Operacional

Tudo feito de forma manual

O trabalho manual sempre gera erros, além de criar a necessidade de um time cada vez mais inchado.

Não ter métricas financeiras ou demorar para consegui-las

As métricas são importantes para mostrar os resultados lançados e a direção para onde vai a empresa. E precisam ser geradas rapidamente.

Não reajustar contratos

Ano após ano fatores econômicos mudam e é preciso adequar a realidade dos contratos existentes. Contratos antigos e defasados criam ainda mais resistência em novas vendas, pois consumidores conversam entre si e o assunto pode ser o preço do serviço de sua empresa.

A ausência de padrões definidos

Quando não há regras claras, vendedores e técnicos executam ações que não condizem com a regra do negócio, tornando o trabalho do financeiro um caos.

Financeiro não integrado ao monitoramento/rastreamento

Clientes que estão no sistema de monitoramento, mas não estão no financeiro. A empresa presta o serviço, mas o cliente não paga. Há também a situação inversa: cliente está sendo cobrado, mas não usufruía do monitoramento. Tudo isso porque os dois sistemas não estão integrados, gerando um grande problema financeiro e de relacionamento para a empresa.

6 frentes para tornar o financeiro estratégico

1º| Crie processos para adesão de novos clientes

As regras de preços, condições de pagamento e opções de cobrança mensal precisam estar claramente definidas e seguidas pelos vendedores. Isso evita acordos mirabolantes que trazem ônus para empresa.

Os processos burocráticos e que geram custos, como o aceite da proposta de orçamento, podem ser feitos de forma digital, sem deslocamentos e troca de papéis, gerando enorme economia. O mesmo pode ocorrer na assinatura dos contratos.

IMPORTANTE:
Mapear e documentar os processos permite deixá-los claros, rápidos e sem dúvidas para quem for executá-los.

2º| Integre setores estratégicos

A área técnica e o almoxarifado devem estar integrados ao financeiro para acabar com a possibilidade de serviços serem prestados e produtos destinados aos clientes sem nenhuma nota fiscal ou cobrança.

Prejuízo na certa!

Além disso, alinhe com o comercial a coleta de dados do cliente junto com o vendedor que fazer o cadastro do cliente no monitoramento ou do veículo no rastreamento, reduzindo casos com dados errados e retrabalho.

3º| Automatize a cobrança

Bancos digitais evoluíram em soluções que permitem que o registro de títulos (que passou a ser obrigatória pela Febraban) e o processamento de seus retornos seja feito de forma automática, sem a necessidade de envio e recebimento de arquivos entre a empresa e o banco.

Assim, consegue-se evitar o trabalho de gerar várias remessas durante o dia bem como o acesso diário ao site do banco para baixa e processamento dos pagamentos.

Emita boletos aos seus clientes com tarifas reduzidas e processos automatizados

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4º| Crie regras de prazo

Outra ação necessária é definição de regras de prazo para suspensão ou cancelamento. Evite maquiar sua receita esperada – cliente ativos gerando apenas inadimplência não geram receita para a empresa.

5º| Invista no time

Além de criar processos, capacite sua equipe. Somente pessoas com qualificação e fácil entendimento terão sucesso. O financeiro trabalha diretamente, por exemplo, com a contabilidade e instituições bancárias – quanto maior a experiência e a compreensão de todo ambiente melhor a eficiência do departamento.

O treinamento e a melhoria contínua são imprescindíveis para manter os colaboradores qualificados. Temos, a todo momento, alterações fiscais vindas dos âmbitos municipais, estaduais e federais, bancos em processo de mudança de operações financeiras e novas tecnologias que entram na área.

Leia: Se você não entende de pessoas, não entende de negócios.

Uma equipe atualizada vai absorver os problemas mais rapidamente e com menos custos à empresa.

6º| Use a tecnologia

Sem tecnologia, os processos ficam cada vez mais manuais e sujeitos a falhas. Todo trabalho repetitivo, em algum momento, pode ser automatizado, fazendo com que as pessoas envolvidas apenas validem o que foi executado e não gastem muito mais tempo e esforço em sua execução.

Impactos do uso da tecnologia no financeiro de uma empresa de segurança

  • O processo é automatizado e ganha velocidade, pois não depende exclusivamente de uma pessoa e reduz erros operacionais;
  • Os vendedores saem a campo com regras pré-estabelecidas pela administração e podem focar na venda, sem se preocuparem com a burocracia pós-vendas;
  • Ao mesmo tempo, os vendedores podem acompanhar suas vendas até a fase final de instalação, para gestão da sua carteira;
  • O faturamento é imediato;
  • O cliente é atendido de forma mais rápida, assertiva e sem sustos entre a contratação e a cobrança;
  • Integração com o sistema de monitoramento e rastreamento, evitando cobranças indevidas ou prestação de serviços sem o pagamento.